quarta-feira, 29 de maio de 2013

Resumo - Sinopse do Filme "Exterminador do Futuro 4"


Exterminador do Futuro: A Salvação traz a 4ª seqüência da série iniciada na década de 1980, cuja temática apocalíptica e ação impactante conquistou adeptos não só entre os aficionados pelos filmes de ficção científica, mas entre os que gostam de bom cinema em geral. Afinal, pelo menos até o 2º filme da série (Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final), os mirabolantes efeitos especiais estavam acompanhados por roteiros decentes, e, mais importante, tínhamos a direção interessante de Joel Schumacher, cujo maior crédito, talvez, esteja no ótimo Um dia de fúria. 
Nesta continuação, porém, ficamos reféns do entretenimento vazio, das explosões e monstros tão em voga nesses tempos em que, por exemplo, os filmes da série Transformers fazem tanto sucesso nas bilheterias. Também não é por acaso a escolha pela beleza física dos atores, o que nos leva a pensar como é que as pessoas são tão bonitas em um cenário pós guerra nuclear, onde, supostamente, a escassez é a regra. Ah, os cartazes não ficariam bonitos!
Para aliviar o desastre total que foi a 3ª seqüência (Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas), os produtores apelaram para um tática conhecida: contrataram um ator em evidência para o papel principal, Christian Bale, que atualmente interpreta o Batman nos filmes da série. Pena, pois o talento de Bale, que pode ser visto em filmes como Psicopata Americano e O Operário, fica totalmente comprometido na série de chavões que cabe à sua personagem, como no caso de ele ser o profeta incompreendido que luta, com muitas dificuldades é claro, para mostrar aos seus superiores a razão por trás de toda a trama. É a triste, e velha, história: “Alguém tem que pagar o aluguel”, e, lamentavelmente, filmes independentes e transgressores, como os citados acima, em geral não cobrem sequer suas despesas. Os grandes estúdios, inclusive, fazem questão de manter seus “braços independentes”, no intuito de buscar novos talentos e obter o desejado reconhecimento da crítica, mas certamente não esperam deles que sejam lucrativos como seus braços mercadológicos.

Como o desastre do filme anterior foi muito retumbante, dificilmente este conseguiria afundar ainda mais a franquia, e foi pensando assim que surgiu mais um forçado roteiro para tentar alongar um pouco adiante a história que, a rigor, poderia ter terminado com sucesso ao final do segundo filme. Não por acaso, o diretor faz uma série de referências aos dois primeiros filmes, seja em cenas ou em falas que ficaram famosas, mas, não por acaso, não aparece qualquer citação ao 3º filme. Sem contar que algumas partes foram alteradas, como a data do julgamento final - prevista no primeiro filme para o ano de 1997, e ”atualizada” para “um ano no início do século XXI” – com o intuito claro de tornar mais apresentável a história vendida.
Infelizmente, trata-se quase que somente disso: comércio, e, ao que parece, o filme atingiu seu objetivo, uma vez que a bilheteria e o ganho de imagem parecem estar indo bem. Entretanto, e para finalizar, a boa idéia original de que as máquinas, eventualmente, se tornarão conscientes e buscarão sua auto-suficiência foi relegada miseravelmente para o último plano. Outros filmes fizeram sucesso com essa temática (2001: Uma Odisséia no Espaço, Matrix, dentre tantos outros), mas esse Exterminador do Futuro 4: A Salvação é apenas mais um produto na prateleira do consumo do entretenimento cinematográfico.

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